De acordo com o conceito antropológico, (devo frisar que se trata de uma leitura livre, sem caráter científico, portanto) o que sempre diferenciou o homem de outras espécies animais foi sua organização em sociedade. Organização esta que se dá através de uma série de signos, convenções e leis; desenvolvidos e aplicados de acordo com a época e a região em que a sociedade se encontra(va). Por signo compreenderemos tanto os linguísticos quanto os visuais. Ou seja, as letras que representam as palavras, e as imagens que representam a cultura vigente em dada sociedade (exemplo, totens que representavam povos indígenas). As convenções podem, por assim dizer, ser exemplificadas pela antiga e persistente batalha entre a moral e a ética e que não irei analisar (não neste momento). As leis, são, de maneira bem simplista, os combinados escritos, que dizem aos cidadãos, àqueles que fazem parte da sociedade até onde podem ir, ou mesmo, aonde não devem nem pensar em ir.
Todo esse rodeio para chegar ao ponto em questão. O que acontece quando estes elementos constituintes da sociedade começam a ruir? O que acontece quando a sociedade em si, começa a se tornar um organismo "esquizofrênico"?
Analisando um fato que me aconteceu ontem (11/06). Estava no ônibus lotado como de costume, ouvindo música, quando de repente o ônibus para e observo certa movimentação. Após tirar os fones e questionar alguém, fico sabendo que o ônibus foi atingido por uma pedra (!!!) e que um passageiro havia sido atingido. É um fato, potencialmente assustador, um veículo de transporte coletivo, cheio de trabalhadores, estudantes, cansados e querendo retornar às suas casas é depedrado? Motivo aparente não havia, o vândalo aparentemente não tinha problemas mentais pois saiu correndo ao ver o que tinha feito e que o motorista e algumas pessoas saíram do veículo.
Aí entram as questões supracitadas. Em mim, prevaleceu a perplexidade, o pessimismo em relação ao caminho que a nossa sociedade está trilhando e o desejo de não ter de começar a andar de ônibus com capacete.
Enfim, este é o meu primeiro post após o grande hiato criativo em que me encontrei. Estive em um período intenso no trabalho e agora enfrentarei outro mais intenso ainda em um novo desafio profissional. Quero agradecer ao meu brother Roberto do
Blog do Roberto Gomes pelo apoio a minha volta à blogosfera.