segunda-feira, 29 de março de 2010

A Baderna da Aula

Lendo hoje uma das colunas da Folha me deparei com o seguinte título:
"Professores dão aula de baderna" escrita pelo colunista Gilberto Dimenstein.
Não vou dizer que discordo totalmente do que ele escreveu, mas creio que algumas alegações, no mínimo deixam de levar em conta a realidade social em que muitos - quiçá todos - os professores da rede pública de ensino estão inseridos.
Não creio também que seja a atitude de "uma minoria organizada e motivada, em parte, pelas eleições deste ano" que vá levar uma grande parcela dos alunos a piorarem ainda mais seu comportamento/aproveitamento nas escolas. Uma vez que de nada adianta, termos professores semelhantes a ovelhas que concordam de cabeça baixa com o baixo salário em relação a muitos outros servidores públicos, as condições muitas vezes precárias de trabalho e às agressões físicas ou verbais sofridas pelos mesmos alunos a quem devem ser exemplo. Enfatizando novamente, de nada adianta esses professores conformados se muitos alunos vêm de casa sem o mínimo exemplo de respeito, educação, civilidade.
Enfim, este sempre será um assunto controverso e se surgir margem para mais discussão, retomarei em posts futuros.
Segue o link para a coluna de Dimenstein na íntegra.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Retornando apenas para aderir à causa!!!
Hora do Planeta 2010.
Uma hora sem energia, uma idéia que mostra que ainda há quem se importe.

E aqui segue o link, meus caros:

HORA DO PLANETA 2010



29/03/2010 - Apenas uma breve observação: Objetivo alcançado, luzes desligadas durante o período previsto... e até mais, acordei apenas às 10h30 no domingo pra não haver qualquer sombra de dúvida, hehe!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Quanto Vale sua Dignidade?

A singela pergunta se deve a um fato que aconteceu comigo ontem (02/03, pois é...). Após um longo dia de trabalho, em que os minutos finais para completar as oito horas parecem durar cada vez mais; um longo percurso em direção ao ponto de ônibus; a fina e persistente garoa que caía naquele momento e a árdua espera, que sinceramente, eu não entendo: a tarifa de tempos em tempos aumenta e esse aumento não representa melhoras significativas em muitos casos (pra não dizerem que estou sendo desarrazoado, experimentem pegar alguns ônibus em dias de chuva...). Voltando; após alguns minutos de espera, eis que vem o tão esperado meio de transporte coletivo - e junto com ele, o curioso "causo". Não sei se foi devido ao turbilhão de cansados trabalhadores adentrando ao veículo, falta de costume, igenuidade, tolice ou um misto de tudo isso; ao me aproximar da catraca, simplesmente e impulsivamente liberei a passagem com meu bilhete eletrônico sem reparar que ao meu lado estava uma senhora pagando sua passagem e que esta mesma, estava para girar a catraca. Então lá vou eu dirigir minha palavra ao motorista: "Acho que fui eu quem validou a passagem ..." ao que rispidamente o motorista me interrompe se dirigindo à mulher: "Pode passar..." - Aqui vem a parte interessante e que justifica o título deste post.
Eu poderia requerer o direito da passagem que eu havia pagado e dizer ao motorista que quem deveria passar seria eu. Isto invariavelmente levaria a uma discussão provavelmente acalorada. Discussão esta, que não levaria a lugar algum, já que nenhum dos dois daria o braço a torcer e a mim sobrariam apenas duas possibilidades; descer do ônibus com todos me encarando como a um extraterrestre, ou de qualquer forma validar mais uma passagem e ter pelo resto da viagem as pessoas com cara de que havia um extraterrestre dentro do ônibus.
No entanto, eu simplifiquei minha vida, ou como diria o grande carteiro Jaiminho, eu quis "evitar a fadiga" e simplesmente ignorei as opções acima, deixei a mulher passar e paguei novamente minha passagem. Minha dignidade não custa apenas R$2,50. E não vai ser deixada de lado por qualquer eventualidade que surgir.